segunda-feira, 5 de julho de 2010

Halysson Crystian: Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi




Entrevista com o cantor Halisson Crystian

O cantor Halisson Crystian, aos 33 anos de idade comemora seus 20 anos de carreira musical em Roraima com a produção de um novo CD com seus sucessos e músicas inéditas. Casado com Jennifer, pai da pequena Iandara de apenas 3 aninhos, já gravou 2 CDs e tem trabalhos em vários CDs coletivos produzidos no estado. Interprete apaixonado pela música produzida em Roraima, Halisson começou profissionalmente aos 13 anos de idade, influenciado pelo sucesso do pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que fez muito sucesso no fim dos anos 80 inicio dos anos 90 com a música Vazio. Ao comemorar seus 20 anos de carreira artística ele fez participação em festivais de música de Roraima e da Mostra de Música de Maringá/PR depois de classificar a musica “Sol de Verão” de Neuber Uchoa e Eliakin Rufino na Mostra de Música Canta Roraima realizada pelo SESC. Ele será o nosso entrevistado desse sábado.

“A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano”.

“Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho”

1) Como a música começou a fazer parte da sua vida?

R - Meu pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que lançou vários discos na época do vinil e fez muito sucesso com a música Vazio fui minha grande influência. Nesse ambiente musical foi o meio onde cresci e comecei a ter contato com a arte. A música entrou na minha vida de maneira natural.

2) Hoje você vive só da musica?

R - Eu vivo só da música, é possível viver só da música sim, claro que não é uma moleza. Não é nada tão, vamos dizer confortável. A partir do momento que você se dispõe realmente a ser um produtor no conceito de mercado, você tem que ter atitude, muitas vezes empreendedora, principalmente de ter coragem de encarar o público, de chegar e oferecer, então isso em mim já esta condicionado.

3) Então você comercializa seus CDs?

R – Comercializo os meus CDs sim. Saiu todos os dias oferecendo, tenho sempre CDs disponíveis. Ultimamente tenho centralizado as vendas comigo. Na política corpo-a-corpo, por achar que assim é mais efetivo o meu comércio. Acho que as pessoas valorizam mais do que propriamente expor nas lojas. De uma tiragem de 1.000, eu distribuo 50, nas cinco principais lojas da cidade e fico com 950. Eu vendo os 950, no contato com o público e depois tenho que pegar os 50 nas lojas. É cultural que o público consumidor busque nas lojas CD de artistas nacionais, de cantores locais e alternativos é difícil.

4) O público roraimense, em sua opinião, esta preparado para consumir a cultura local?

R- Na verdade hoje tem uma zona de conforto, algo que a gente pode dizer que ao longo dos anos as pessoas estão prestigiando mais o artista local. Tem pessoas que realmente ainda não estejam preparadas para adquirir ou prestar atenção na produção local. Há vários fatores que influenciam. A grande mídia é um rolo compressor muito grande e muitas vezes as pessoas na não tem a opção de escolher.

5) O que falta para tornar mais acessível ao público, a arte produzida no Estado?

R- Na verdade eu acho que proporcionar os palcos. Aproximar a sociedade do artista viabilizando esse contato por meio dos shows. Aqui em Roraima nos temos a característica da folha de pagamento, também isso se reflete no artista, porque os maiores compradores de show são governo e prefeitura, então se a gente não está presente fica complicado.

6) O que há de melhor no contexto da música local?

R – Eu sou antenado para essas questões, acompanho tudo. Como fui revelando em um festival de música, então eu sei que tem pessoas ai que estão tendo oportunidade de apresentar o seu trabalho. A Euterpe é uma artista que eu tenho admirado. Tem outros jovens também que estão crescendo aqui no meio da música. A Karisse Blos, linda jovem e com muito talento, muitas mulheres no cenário artístico local. Tem meu irmão, o Anderson que adotou o nome artístico de Randy, e recentemente lançou um CD. Tem o Junior Caçari. Na verdade há uma nova geração de músicos, compositores e interpretes nascendo, isso demonstra que essa semente foi plantada há algum tempo.

7) E no contexto nacional, o que tem de bom e quem te influenciou?

R – Eu cresci tocando na noite, tocando músicas nacionais a principio, no decorrer do processo e da maturidade profissional fui vendo que existe um valor cultural local muito grande em Roraima, no Amazonas e estados vizinhos. Comecei cantando João Bosco, Djavan e as mulheres. Eu adoro cantar mulheres como a Adriana Calcanhoto, Marisa Monte. Mais a nível local principalmente, gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho.

8) E para comemorar os 20 anos de carreira, o que você esta planejando?

A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano.

Contatos

9117-7575

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