segunda-feira, 5 de julho de 2010

Movimento Hip Hop de Roraima




ENTREVISTA RAQUEL QUEIROZ MOVIMENTO HIP HOP

O Movimento Hip-Hop é uma cultura composta por 4 subculturas ou elementos artísticos, o MC, que anima a festa com suas rimas improvisadas, a instrumentação dos DJs, a dança do breakdance uma das vertentes do Street Dance ou Dança de Rua e a pintura do grafite, onde os graffiteiros representam a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray. Em Roraima o movimento nasceu em maio de 2005, com o objetivo de criar um espaço de integração e interação dos jovens da periferia. Tem como principal líder a amazonense Raquel Queiroz, 34 anos, cursando o 8º semestre em Serviço Social da UERR. Tem a família como porto seguro. O pai um ícone, a mãe a força e a filha tudo. Raquel é nossa entrevista de hoje e fala sobre o objetivo de difundir a cultura hip hop no estado de Roraima e incentivar grupos de rap, de beak, os grafiteiros e os djs, e apresentar o hip hop como instrumento de transformação social.

“Amo música e a dança. Procuro ser autêntica em minhas ações. Sou grata diariamente a Deus pela vida que tenho, agradeço a Ele todas as oportunidades existentes. Creio que as oportunidades não vem uma única vez, mas que cada dia quando acordamos temos a oportunidade de modificar algo em nossa vida, de recomeçar. Amo viver cada instante”.

“O Movimento Hip Hop de Roraima busca tornar-se um poder paralelo a procura da melhoria da juventude do Estado de Roraima”.

1) Coisas Daqui: O que é como funciona a cultura Hip Hop ?

R: O hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1970 nos Estados Unidos como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma cultura das ruas, um movimento de reivindicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades.

O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MC, DJ, Breakdance e o Graffite.

2) Coisas Daqui: Qual a finalidade do Hip Hop, além de todos os elementos?

R: Além de difundir a cultura hip hop, o hip hop vem fomentar o respeito à identidade cultural dos jovens de periferia, facilita à população menos favorecida o acesso à fontes de cultura, resgatando assim a auto-estima, tanto dos jovens como da comunidade onde está inserido e busca através das ações desenvolvidas edificar conhecimentos sobre a valorização social, econômica,

3) Coisas Daqui: E em Roraima como esta hoje, é valorizada?

R: Em Roraima a Cultura Hip Hop chega em 2000 através do grupo de Dança de Rua Cadeado Blindado dirigido por mim, que recepcionou o b.boy Diogo vindo de São Paulo e daí difundiu-se por todo o Estado, somente em 2005 a cultura se organizou como movimento social, organização da sociedade civil, e hoje tem em praticamente todos os bairros umgrupo representante e em 5 municípios.

Alguns dos grupos que fazem parte do M2H-RR: Break - Explosão Hip Hop, Nação Hip Hop, Extreme Crew, Crazy Crew B.Boys e outros; Graffite – Morcegão, Perna, Geovanne e outros; Rap – Gangue do Rap, MC Hudson e MC Jimmy; DJ – Dj Bunny e Dj Sorvete.

O Movimento Hip Hop em Roraima está com um grande acervo de ações em combate à violência e à prevenção de drogas que são:

Projeto Cidadania em 4 Emlementos : Reflexão da educação para o crescimento e fortalecimento da cidadania;

Pólis Hip Hop: implantação de núcleos nas comunidades para proporcionar uma mudança social e despertar o interesse da juventude por políticas públicas para a juventude.

Semana da Cultura Hip Hop: Apresentar a Sociedade o hip hop como solução para o combate à violência, mostrando a importância de ações sócioculturais para o jovem em estado de ociosidade.

Palestras, debates e muitas outras ações.

O Movimento Hip Hop de Roraima busca tornar-se um poder paralelo a procura da melhoria da juventude do Estado de Roraima.

4) Coisas Daqui: Em relação ao preconceito e a discriminação da sociedade?

5) R: Há ainda muito preconceito, pois as pessoas vinculam muito o hip hop com violência, e nós a cada dia apresentamos a cultura hip hop como solução e não como problema, onde esta solução parte do jovem que muitas vezes é visado como problema social e não como protagonista de uma mudança social.

6) Coisas Daqui: O que é um Frestayly?

R Então Freestyle é traduzido como estilo livre, é a forma livre de cada elemento se expressar, sem regras, sem limitações,

7) E o Premio Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez ?

R - O 1º Prêmio Cultura Hip Hop 2010 - Edição Preto Ghóez, é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério da Cultura, em parceria com o instituto Empreender e a Ação Educativa com objetivo de selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil lançado durante a realização do 10º Fórum Social Mundial e premiará 128 iniciativas voltadas para a promoção da Cultura Hip Hop no Brasil em cinco categorias, Reconhecimento: Personalidades ou entidades importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop; Escola de Rua: Iniciativas que já existem e que visem a utilização dos elementos do Hip Hop em ações socioeducativas, através de oficinas e arte-educadores; Correria: Iniciativas que visem a soluções que gerem renda. Por exemplo, distribuição de Cds e Dvds, oficina de moda, oficina de serigrafia, etc.; Conhecimento (5° Elemento): Iniciativas que visem a realização de encontros, seminários ou painéis que reúnam atores do Hip Hop, ou projetos que visem a produção de mídias para a difusão do Hip Hop. Por exemplo: jornais, fanzines, programas de rádios comunitárias, documentários, sítios de internet, etc.; Conexões: Valorizar as iniciativas que incorporem, associem e incentive o intercâmbio com outras formas artísticas à cultura Hip Hop, em particular das expressões culturais afrodescendentes;

Os contemplados serão conhecidos em outubro deste mesmo ano isso valoriza muito a nossa cultura.

Contatos:

rlqhiphop@hotmail.com

95-9139-8221

Halysson Crystian: Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi




Entrevista com o cantor Halisson Crystian

O cantor Halisson Crystian, aos 33 anos de idade comemora seus 20 anos de carreira musical em Roraima com a produção de um novo CD com seus sucessos e músicas inéditas. Casado com Jennifer, pai da pequena Iandara de apenas 3 aninhos, já gravou 2 CDs e tem trabalhos em vários CDs coletivos produzidos no estado. Interprete apaixonado pela música produzida em Roraima, Halisson começou profissionalmente aos 13 anos de idade, influenciado pelo sucesso do pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que fez muito sucesso no fim dos anos 80 inicio dos anos 90 com a música Vazio. Ao comemorar seus 20 anos de carreira artística ele fez participação em festivais de música de Roraima e da Mostra de Música de Maringá/PR depois de classificar a musica “Sol de Verão” de Neuber Uchoa e Eliakin Rufino na Mostra de Música Canta Roraima realizada pelo SESC. Ele será o nosso entrevistado desse sábado.

“A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano”.

“Gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho”

1) Como a música começou a fazer parte da sua vida?

R - Meu pai, o cantor e compositor Ailton Cruz que lançou vários discos na época do vinil e fez muito sucesso com a música Vazio fui minha grande influência. Nesse ambiente musical foi o meio onde cresci e comecei a ter contato com a arte. A música entrou na minha vida de maneira natural.

2) Hoje você vive só da musica?

R - Eu vivo só da música, é possível viver só da música sim, claro que não é uma moleza. Não é nada tão, vamos dizer confortável. A partir do momento que você se dispõe realmente a ser um produtor no conceito de mercado, você tem que ter atitude, muitas vezes empreendedora, principalmente de ter coragem de encarar o público, de chegar e oferecer, então isso em mim já esta condicionado.

3) Então você comercializa seus CDs?

R – Comercializo os meus CDs sim. Saiu todos os dias oferecendo, tenho sempre CDs disponíveis. Ultimamente tenho centralizado as vendas comigo. Na política corpo-a-corpo, por achar que assim é mais efetivo o meu comércio. Acho que as pessoas valorizam mais do que propriamente expor nas lojas. De uma tiragem de 1.000, eu distribuo 50, nas cinco principais lojas da cidade e fico com 950. Eu vendo os 950, no contato com o público e depois tenho que pegar os 50 nas lojas. É cultural que o público consumidor busque nas lojas CD de artistas nacionais, de cantores locais e alternativos é difícil.

4) O público roraimense, em sua opinião, esta preparado para consumir a cultura local?

R- Na verdade hoje tem uma zona de conforto, algo que a gente pode dizer que ao longo dos anos as pessoas estão prestigiando mais o artista local. Tem pessoas que realmente ainda não estejam preparadas para adquirir ou prestar atenção na produção local. Há vários fatores que influenciam. A grande mídia é um rolo compressor muito grande e muitas vezes as pessoas na não tem a opção de escolher.

5) O que falta para tornar mais acessível ao público, a arte produzida no Estado?

R- Na verdade eu acho que proporcionar os palcos. Aproximar a sociedade do artista viabilizando esse contato por meio dos shows. Aqui em Roraima nos temos a característica da folha de pagamento, também isso se reflete no artista, porque os maiores compradores de show são governo e prefeitura, então se a gente não está presente fica complicado.

6) O que há de melhor no contexto da música local?

R – Eu sou antenado para essas questões, acompanho tudo. Como fui revelando em um festival de música, então eu sei que tem pessoas ai que estão tendo oportunidade de apresentar o seu trabalho. A Euterpe é uma artista que eu tenho admirado. Tem outros jovens também que estão crescendo aqui no meio da música. A Karisse Blos, linda jovem e com muito talento, muitas mulheres no cenário artístico local. Tem meu irmão, o Anderson que adotou o nome artístico de Randy, e recentemente lançou um CD. Tem o Junior Caçari. Na verdade há uma nova geração de músicos, compositores e interpretes nascendo, isso demonstra que essa semente foi plantada há algum tempo.

7) E no contexto nacional, o que tem de bom e quem te influenciou?

R – Eu cresci tocando na noite, tocando músicas nacionais a principio, no decorrer do processo e da maturidade profissional fui vendo que existe um valor cultural local muito grande em Roraima, no Amazonas e estados vizinhos. Comecei cantando João Bosco, Djavan e as mulheres. Eu adoro cantar mulheres como a Adriana Calcanhoto, Marisa Monte. Mais a nível local principalmente, gosto e valorizo muito os artistas locais, fui à fonte onde eu bibi. Essa sim influencia cada vez mais no meu trabalho.

8) E para comemorar os 20 anos de carreira, o que você esta planejando?

A idéia é fazer um apanhado de todo que eu vivi ao longo desses 20 anos, com a seleção das melhores do primeiro e do segundo cd e, algumas músicas inéditas que tende a culminar na gravação de um Cd ao vivo e quem sabe um DVD, ainda esse ano.

Contatos

9117-7575